As origens do Mercado do Bolhão, um dos edifícios mais emblemáticos da cidade do Porto, remontam a meados do século XIX, quando a Câmara do Porto decidiu construir uma praça em terrenos adquiridos à Igreja. Nesta altura, por ordem do arquiteto Joaquim da Costa Sampaio Lima, eram atribuídos os lugares para o “Mercado Interno do Bolhão".
O primeiro projeto conhecido para o mercado data de 1837 e é da autoria do arquiteto Joaquim da Costa Lima Júnior, que desenha uma praça retangular, dividida internamente em quatro quarteirões delimitados por árvores com uma escadaria a Norte, que liga à Rua de Fernandes Tomás.
No projeto original estava prevista a construção de uma cobertura metálica no pátio interior que não chegou a ser feita. Funcionalmente, o comércio tradicional de estabelecimento inseria-se na parte exterior do edifício, mantendo-se no interior o comércio espontâneo de mercado.
Sabia que
O nome "Bolhão" deve-se à existência, no terreno onde o edifício foi implementado, de um regato que, ao atravessar um lameiro entre a Rua Formosa e a Rua de Fernandes Tomás, formava uma enorme bolha de água. Nas imediações do terreno existia já uma bica, designada, precisamente, de Fonte do Bolhão.