A Visita de trabalho às obras de restauração e modernização do Mercado do Bolhão, uma intervenção orçada em 50 milhões que beneficiou de financiamento de fundos comunitários, decorreu na passada segunda-feira, dia 26 de setembro.
O presidente da Câmara Municipal do Porto, Rui Moreira, acompanhado pelo vereador do Urbanismo, Pedro Baganha, e pela Subcomissão para o Acompanhamento dos Fundos Europeus e do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) da Assembleia da República foram recebidos no Mercado do Bolhão por Nuno Valentim, arquiteto responsável pelo restauro e modernização do equipamento municipal, Cátia Meirinhos, vice-presidente do Conselho de Administração da empresa municipal GO Porto, e por Francisco Rocha Antunes, gestor que coordenou o Gabinete do Mercado do Bolhão, para uma pormenorizada revista dos aspetos essenciais da intervenção realizada.
Mantendo a genuinidade que define o Bolhão, as obras introduziram novidades como um túnel, uma cave para arrumos e logística, a ligação direta à estação de metro, um novo passadiço que liga as ruas de Alexandre Braga e Sá da Bandeira, a instalação de uma cozinha, a vista do skyline do edifício, dez novos elevadores, áreas setorizadas, a autonomia da restauração e do mercado de frescos, áreas técnicas e equipamentos especializados, para além da criação da marca Bolhão e de sinalética interior e exterior.
Numa intervenção sucinta, o presidente da subcomissão parlamentar da Assembleia da República, o deputado Nuno Fazenda, valorizou a importância do “acompanhamento no terreno dos projetos” que estão a beneficiar de fontes de financiamento comunitário. E se há “bons exemplos de aplicação de fundos comunitários”, Nuno Fazenda crê que o Mercado do Bolhão é, sem dúvida, um deles.
De facto, o projeto de restauração e a modernização do Mercado do Bolhão veio permitir não só a preservação de património arquitetónico e cultural, como também assumir um papel “transformador”, com um grande “impacto na cidade e na região”. O presidente da subcomissão manifestou-se ainda entusiasmado com o “impressivo número” de visitantes que têm percorrido as bancas do Mercado do Bolhão: mais de 30 mil pessoas por dia.
O Mercado do Bolhão reabriu portas no passado dia 15 de setembro, após a conclusão de um exigente processo que durou quatro anos e representou um investimento global de 50 milhões de euros. O mercado alberga mais de 70 bancas, já em funcionamento, mais 38 lojas exteriores e 10 restaurantes diversificados.