Dois anos volvidos após o seu lançamento, a iniciativa ‘Pacto do Porto para o Clima’ dá início à campanha “O que está nas nossas mãos?”, que pretende mobilizar a sociedade civil para uma cidade neutra em carbono, ao desafiar cada portuense a ser um agente de mudança, através de pequenos gestos diários.
A campanha, que resulta de uma colaboração com o mundo académico e foi desenhada por uma estudante de Belas Artes, assenta em diferentes eixos de atuação para uma cidade mais sustentável. Mobilidade, energia, recursos hídricos, circularidade, compras locais e combate ao desperdício alimentar dão o mote para alterações de comportamento que podem fazer a diferença.
A adoção do uso de transporte público, a redução do consumo de água no banho, poupança energética ao desligar as luzes, as compras a fornecedores locais e o combate ao desperdício alimentar são algumas das sugestões lançadas aos portuenses de forma apelativa, descontraída e com algumas referências musicais bem conhecidas.
A campanha estará presente, ao longo das próximas semanas, em toda a frota de autocarros STCP, Metro do Porto, Mercado do Bolhão, Universidade do Porto, cantinas universitárias e da Câmara do Porto, piscinas municipais, bem como na rede de mupis digitais da cidade e rádios locais.
“Queremos, cada vez mais, aproximar-nos das pessoas: dar a conhecer esta missão e apelar à participação de todos", refere o vice-presidente. Para Filipe Araújo, "a adesão e envolvimento dos nossos parceiros, desde para a primeira hora, para esta campanha de mobilização mostra que, em conjunto, podemos trabalhar para uma cidade neutra em carbono”.
Mais de 1.100 subscritores
Apresentado publicamente em setembro de 2022, o Pacto do Porto para Clima conta com o Alto Patrocínio da Presidência da República e reúne cerca de 300 subscritores, de áreas tão diversas como a academia, justiça, educação, telecomunicações, construção, indústria, ONGs, 3.º setor, desporto, ciência, saúde, cultura. Fruto de uma aposta contínua de participação nos grandes eventos da cidade, são já cerca de nove centenas de subscritores a título individual que aderiram a esta missão.
A causa da neutralidade carbónica agrega instituições e organizações empresariais da cidade e da região, tais como Altice, Bial, Boavista Futebol Clube, Centro Hospitalar Universitário do Porto, Centro Hospitalar Universitário São João, EDP, Federação Académica do Porto, Futebol Clube do Porto, GALP, Jerónimo Martins, Museu Soares dos Reis, NOS, Politécnico do Porto, Santa Casa da Misericórdia do Porto, Serralves, SONAE, STCP, Universidade do Porto.
Mais recentemente, a cidade apresentou o Contrato Climático do Porto, instrumento que inclui uma série de compromissos e um plano de ação para a neutralidade carbónica em setores como a energia, edifícios, gestão de resíduos e transportes. O documento estratégico apresenta também o mapeamento dos principais investimentos associados a estas medidas.