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Um edital municipal, datado de 18 de setembro de 1839, determina a abertura, nesse dia, do Mercado do Bolhão, por forma a concentrar no mesmo local todos os mercados existentes na cidade, à exceção dos da Ribeira e do Anjo, que se mantêm nos mesmos locais. Inicialmente, estava delimitado apenas por um gradeamento de ferro.

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Ao longo dos anos, serão realizadas várias intervenções de melhoria do mercado como a construção de uma escadaria central e a edificação de uma estrutura mais definitiva, em substituição das bancas que funcionavam no local.

As obras vão prolongar-se por muitos anos e a praça será objeto de sucessivos melhoramentos.

Anteprojeto

Abertura do Mercado

As origens do Mercado do Bolhão, um dos edifícios mais emblemáticos da cidade do Porto, remontam a meados do século XIX, quando a Câmara do Porto decidiu construir uma praça em terrenos adquiridos à Igreja. Nesta altura, por ordem do arquiteto Joaquim da Costa Sampaio Lima, eram atribuídos os lugares para o “Mercado Interno do Bolhão".

O primeiro projeto conhecido para o mercado data de 1837 e é da autoria do arquiteto Joaquim da Costa Lima Júnior, que desenha uma praça retangular, dividida internamente em quatro quarteirões delimitados por árvores com uma escadaria a Norte, que liga à Rua de Fernandes Tomás.

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No projeto original estava prevista a construção de uma cobertura metálica no pátio interior que não chegou a ser feita. Funcionalmente, o comércio tradicional de estabelecimento inseria-se na parte exterior do edifício, mantendo-se no interior o comércio espontâneo de mercado.

O nome "Bolhão" deve-se à existência, no terreno onde o edifício foi implementado, de um regato que, ao atravessar um lameiro entre a Rua Formosa e a Rua de Fernandes Tomás, formava uma enorme bolha de água. Nas imediações do terreno existia já uma bica, designada, precisamente, de Fonte do Bolhão.

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Primeira Edificação

Surgimento do anteprojeto do engenheiro Casimiro Barbosa, que prevê um edifício com duas alas, tendo a Rua de Sá da Bandeira como eixo central. Com a intenção de revestir a praça do mercado existente e inspirado no trabalho do vereador Xavier Esteves, que defendia o alargamento e a diversificação dos géneros de produtos para agradar aos comerciantes e ao público, o projeto acaba por ser abandonado por razões económicas.

Construção do mercado do Bolhão

Construção do atual edifício, desenhado pelo arquiteto António Correia da Silva, que conferiu monumentalidade à praça de mercado que ali existia. Edificado em plena 1.ª Guerra Mundial, o projeto e o orçamento do novo Mercado do Bolhão é apresentado por Elísio de Melo, a quem a cidade deve outros importantes projetos de urbanização como a abertura da Avenida dos Aliados.

No ano seguinte, em 1915, vão a concurso as primeiras lojas.

Galeria transversal

Construção da Galeria Transversal, uma passagem entre as galerias superiores, que divide o pátio central do edifício e estabelece a ligação entre as entradas nas ruas de Alexandre Braga e Sá da Bandeira.

Imóvel de interesse patrimonial

O Mercado do Bolhão é classificado pela autarquia como Imóvel de Interesse Patrimonial e é referenciado na Carta de Património do Plano Diretor Municipal do Porto pelos seus valores arquitetónico, artístico, histórico, simbólico, cultural e social.

Monumento de interesse público

O Mercado do Bolhão é classificado como Monumento de Interesse Público e descrito como “um dos espaços coletivos mais emblemáticos da cidade”.

Projeto de restauro e modernização

Apresentação do novo projeto de restauro e modernização do Mercado do Bolhão pela Câmara Municipal do Porto, presidida por Rui Moreira.

Modernização do Mercado do Bolhão

Enquanto as obras decorrem é criado um espaço temporário, o “Mercado Temporário do Bolhão”, no Centro Comercial La Vie, na Rua de Fernandes Tomás.

Reabertura do novo Bolhão

A empreitada de restauro e modernização de um dos edifícios mais emblemáticos da cidade encontra-se concluída: o mercado de frescos encontra-se modernizado e assume-se como um local de referência com os melhores produtos e espaços de fruição, a identidade é devolvida ao edifício e é restituída, por fim, a relação do Bolhão com a cidade, incrementando a transparência, a acessibilidade, a articulação, a higiene e a sua funcionalidade.